quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Alquimia , agora com uma outra visão




 









O conhecimento é vasto, daí o seu charme. Há uns dias atrás pensava algo sobre algo e hoje posso mudar. Isso é que é encantador.







Ao vermos as portas do saber, abrirem-se para o novo logo nos deparamos com a possibilidade de mudança de ângulo numa visão até então reta.







Há uns dias atrás escrevi algo sobre Alquimia, um amigo mais sabedor do caso que eu, com a sua sinceridade admirável e ponto chave para ser citado por amigo, falou-me do eventual engano com que as pessoas associam alquimia à cura através das plantas, fazendo aí uma ligação propícia à Wicca.







A curiosidade desde então já muito tida nessa área, só fez aumentar o desejo de exploração nesse assunto curioso. Eis que inesperadamente vejo-me diante de uma explêndida aula sobre a História da Química. Deu para notar por exemplo o por quê dos alquimistas terem sido perseguidos pela Igreja no período da Inquisão e a causa da associação entre “bruxos” e “alquimistas”, ora, muito óbvio, a igreja não admitia que outros demandassem de maior adoração que a mesma, e portanto sendo os alquimistas, estudiosos que passavam vários períodos de tempo descobrindo substâncias, testando-as e misturando-as, eventualmente em algum momento descobririam algo que parecia ilusionista diante dos olhos daqueles até então “ignorantes” nas artes químicas.







Tradicionalmente ligamos a imagem do “inferno”, ao fogo, nada mais é que uma outra associação da igreja para com os alquimistas, sendo que o fogo sempre foi o principal elemento dentro dos experimentos e presente nas descobertas mais impactantes para a sociedade. Até hoje por exemplo usamos enjenhocas da era dos alquimistas que está diretamente ligada com o fogo : banho-maria e o forno em si. A maioria dos alquimistas buscava naquela época a descoberta do elixir da vida, a pedra filosofal que tornaria imortal o homem, para isso grandes esforços foram lançados, e o objetivo apesar de nunca alcançado, propiciou outras descobertas, de elementos e substância que hoje não poderíamos viver sem.







Outra grande associação feita da igreja para com os alquimistas, ligando-os diretamente a figura do inferno e demoníaco, é o cheiro de enxofre, tido em nossas tradições cristãs desde muito pequeninos, que tal cheiro está diretamente associado a figura do demo. Sendo isso nada mais que uma das grandes lendas da igreja, principalmente pela improvável chance que algum mortal teve de cheirar o próprio e segundo porque uma breve análise fará perceber como o conhecimento incomodava a “Santa” igreja, que abusava da escassez de conhecimento das pessoas da época, para atacar os poucos que o buscavam, ora, os alquimistas usavam especialmente o enxofre e ácido sulfuroso para seus experimentos, era muito fácil notá-los dentro da sociedade, e eram atacados pelos populares, motivados pelos líderes da igreja, incentivando a todos a matar o demônio dentre eles.











Um comentário:

Dom Lobo disse...

Muito bom o texto. Tinha esquecido o quanto você escreve bem. =}

Acho super interessante o fato de uma arte "mística" ser, na verdade, a mãe da química.
Mas confesso que não sabia dessa associação do enxofre =P