Quantos
de nós já não pensou em desistir em algo em suas vidas?
Se nos
perguntamos se temos essa opção, não sabemos, afinal não conhecemos o que há do
outro lado do véu.
Mas nesse
momento o desejo de desistir é tão urgente que parece ignorar todos esses
pensamentos racionais e preocupações de vida pós-morte.
O que
nos traz esse desejo muitas vezes não é medível. Para uns são coisas “grandes”
ou “pequenas” para outros, por isso não é possível medir a importância, já que
se tornaria um espécie de “desistrômetro”, um instrumento de medir o nível de desistência.
E quando finalmente atingíssemos esse nível, não teríamos escolhas.
Desistir
é uma escolha. Aguardando pela oscilação de nossas fraquezas e fortalezas para
dar o seu sim ou o seu não. Escolha certa ou errada não existe, o que existe
são momentos de vulnerabilidade.
Desistir
da vida então, um ato para muitos de pecado, fraqueza, dor e sofrimento, para
os que ficam é um ato de egoísmo daquele desistente da vida, pois expos toda a
sua dor, compartilhando para os que amavam a sua perca e agora o que sobra é
dor para todos, mas para o desistente no fundo é alívio e coragem. No ultimo
momento de vida, sente o alívio de estar finalmente tendo outra opção e coragem
para tomar essa decisão.
Não cabe
aos outros julgar quem faz isso. Desistir é um ato de firmeza na escolha
tomada. Afinal, se muitos sofrerem com tal perca, se muitos julgarem o
desistente de sua própria vida e o disserem ser egoísta,é porque não compreendem
que para tomar tal atitude era um
discreto sofredor interno, mas não tão discreto ao ponto de esconder essa
angústia de seus olhos, esse espelho da alma que tantos escolhem para julgar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário